Marcas no pódio

O assunto é um só e onipresente: olimpíadas. O espírito olímpico tomou conta, vibramos juntos com os nossos atletas e viramos comentaristas de esportes que não fazemos a menor ideia das regras. São realmente contagiantes esses 16 dias de competições, superações e quebras de recordes. O pódio é o objetivo de todos, mesmo que não tenha lugar para todos. Ouro, prata ou bronze... o metal vira um detalhe diante da possibilidade de estar entre os melhores atletas do mundo.

Mas, como por aqui transformamos tudo em branding, sugerimos um olhar voltado às marcas e o potencial que o maior evento esportivo pode ter. Começamos pela pesquisa do IBOPE Repucom, que divulgou um estudo inédito sobre as marcas patrocinadoras dos atletas brasileiros. Com uma amostra de 30 atletas, a pesquisa revela 132 marcas patrocinadoras. Na primeira colocação estão as marcas da moda e vestuário, com 14%; o setor financeiro vem em segundo lugar, com 9% dos patrocínios, junto com marcas de equipamentos esportivos; já as marcas de alimentação representam 7% dos patrocínios.

As modalidades mais patrocinadas são surfe (17%), skate (15%), vôlei (12%), ginástica artística (11%) e natação (10%). Além disso, dos 30 atletas pesquisados, três são os mais patrocinados: Filipe Toledo (Surfe) com 16 marcas, Rayssa Lel (Skate) com 13 marcas e Ana Marcela Cunha (Águas abertas), também com 13. Podemos deduzir (um tanto óbvio) que as marcas buscam aquelas e aqueles atletas mais populares, as modalidades em alta e atletas com mais propensão a vencer.

Uma outra pesquisa, da Sponsorlink, mostrou que as Olímpiadas são bastante populares entre os brasileiros. Segundo o estudo, 87% dos brasileiros têm interesse pelos Jogos Olímpicos. Desses, 62% confiam nas patrocinadoras e 60% gostam dessas marcas. Portanto, não restam dúvidas de que as Olímpiadas são uma vitrine, não só para atletas, mas também para marcas. Patrocinar um atleta é vincular a marca a uma figura com a qual o público se identifica. O prestígio do atleta reflete na marca. O contrário também é verdadeiro, quando um atleta é patrocinado por uma marca grande, significa que este é relevante e tem potencial.

Porém, como já foi dito, nesse pódio não tem lugar para muita gente, nem para todas as marcas. Ou por não terem identificação com esporte, ou por não terem capacidade de investimento, faz dos patrocinadores, de grandes eventos esportivos, um grupo seleto e de elite. Mas como marcas que não estão nesse patamar podem capitalizar com as olímpiadas? A resposta para isso deveria ser uma consultoria paga. Mas o espírito olímpico falou mais alto e podemos dar alguns dicas de “treino”. Antes de qualquer coisa, o assunto do momento é esse, então é preciso entrar na conversa. No entanto, cuidado: mesmo que sua marca fale de olímpiadas, deve cuidar para essa falar estar adequada a sua personalidade. Fale, mas fale do seu jeito. Outra dica é vincular os produtos aos jogos. Claro que há limites, produtos licenciados só podem ser feitos por patrocinadores. Mas pode criar conexões com o esporte, embalagens especiais, produtos exclusivos... Esses são algumas formas, com criatividade o céu é o limite. 

E você, quer ser medalha de ouro no branding? A gente treina a sua marca.

Fonte:

https://www.iboperepucom.com/br/noticias/ibope-repucom-divulga-marcas-e-atletas-nas-olimpiadas-2024/